Recentemente,
a morte de milhões de abelhas no Brasil alarmou os cientistas.
Entenda por que você deve se preocupar com isso e o motivo pelo qual
a extinção da espécie pode causar o “fim do mundo”.
Campanha
mostra efeitos de agrotóxicos em abelhas.
Campanha
tem o objetivo de reduzir o uso de pesticidas tóxicos que causam o
desaparecimento de abelhas em larga escala. Coordenado pelo professor
Lionel Segui Gonçalves, do Departamento de Biologia da Faculdade de
Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP, o
movimento "Bee or not
to be?" busca
assinaturas on-line para a Petição pela Proteção das Abelhas, a
qual será entregue às lideranças governamentais.
A
iniciativa, que já conta com mais de 3.300 assinaturas, baseia-se em
estudos que apontam associação entre redução das populações de
abelhas e uso de agrotóxicos. Segundo o professor, este
desaparecimento traz como principal consequência a falta de
alimentos. “Aproximadamente 70% dos alimentos que consumimos
dependem da polinização das abelhas. Elas também polinizam as
áreas verdes. Assim, se elas acabarem, podemos sucumbir por falta de
oxigênio”, explica o professor que preside o Centro Tecnológico
de Apicultura e Meliponicultura do Rio Grande do Norte (CETAPIS).
O
problema, já considerado mundial, atinge quatro estados brasileiros
(Piauí, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e São Paulo). Entre as
alternativas para proteção de abelhas está a substituição de
agrotóxicos e pesticidas pelo controle biológico. “É preciso
também aumentar as áreas verdes, proteger o meio ambiente,
cultivando plantas de interesse das abelhas para que elas possam
proliferar”, defende.
Os
primeiros relatos de desaparecimento de abelhas em larga escala
surgiram em 1995, nos Estados Unidos da América (EUA). Entretanto,
apenas em 2007 o problema foi discutido oficialmente, durante
Congresso Mundial de Apicultura. Recentemente, o Departamento de
Agricultura dos EUA divulgou a morte de um terço das abelhas durante
o inverno de 2012/2013. O levantamento também aponta que, nos
últimos seis anos, o número de colônias de abelhas caiu 30,5%.
Estudos
concluíram que as abelhas apresentam Colony
Collapse Disorder (CCD),
também conhecida como Síndrome do Desaparecimento de Abelhas. O mal
afeta o sistema nervoso desses insetos, com prejuízo da memória e
senso de direção. Ao saírem em busca de néctar e pólen, elas se
perdem e não conseguem retornar para as colmeias. A síndrome pode
ser identificada quando o número de integrantes das colmeias é
reduzido ou até mesmo extinto. Nesses casos, as abelhas perdidas
deixam mel, crias e até mesmo a rainha.
Para
os pesquisadores, que ainda trabalham com hipóteses, o CCD seria
causado principalmente pelo uso de pesticidas do tipo
neonicotinoides. Em abril de 2013, notando a interferência dessa
substância na vida das abelhas, a União Europeia suspendeu seu uso
por dois anos. O manifesto pela proteção das abelhas está
integralmente disponível no site Sem Abelhas, Sem Alimento. Lá
também podem ser acessados vídeos, explicações sobre a
importância desse inseto para a vida humana e ficha para assinatura
da petição.
O
coordenador do movimento, professor Gonçalves, pede a ajuda da
população e faz um alerta: “se perdermos as abelhas seremos os
primeiros prejudicados”. A campanha cita Albert Einstein: “Se as
abelhas desaparecerem da face da Terra, a humanidade terá apenas
mais quatro anos de existência. Sem abelhas, não há polinização,
não há reprodução da flora. Sem flora não há animais, e sem
animais não haverá raça humana”.
Maiores
detalhes sobre o projeto e a petição estão disponíveis no site:
Texto
retirado do site:
Dica
de vídeo – Site do History: