Umuarama e região registram quatro casos de meningite e população fica em alerta
Dados
da Secretaria Estadual de Saúde (SESA) mostram quatro casos
registrados de meningite na 12ª Regional de Saúde, que compreende a
região de Umuarama. Os registros forma em Umuarama, Cruzeiro do
Oeste e Iporã. Segundo a assessoria de administração municipal,
cuidados devem ser tomados pela população.
Na
última semana uma criança de oito anos, moradora de Cruzeiro do
Oeste, foi registrado com meningite bacteriana. Conforme a Secretaria
de Saúde de Cruzeiro do Oeste, a criança ainda está internada e o
quadro é estável. O caso chamou a atenção e assustou os pais da
região Noroeste.
Conforme
a SESA, o Paraná conta com 279 registros de meningite e 21 mortes
ocorridas pela doença, e a meningite é geralmente causada por uma
infecção viral, mas também pode ter origem bacteriana ou fúngica.
Além, ainda, por outros microrganismos, como parasitas, ou até por
complicações de outras doenças, entre elas o sarampo e a
pneumonia.
CUIDADOS
Por
suas várias facetas, a Secretaria de Saúde orienta para importância
de todas as pessoas estarem com as vacinas em dia, para ficarem
imunizadas contra meningite de forma direta e indireta. As vacinas
podem prevenir algumas formas de meningite.
A
maior ocorrência da meningite está entre as causadas por vírus
(60%), que costuma ser a forma benigna, com boa evolução para cura.
Outros 30% são causados por bactérias – existem mais de 200 que
podem provocar a doença. Elas ocorrem por complicações de outras
doenças ou são transmitidas pelo contato entre pessoas. Os 10%
restantes são causados por fungos ou protozoários.
VACINAS NO MUNICÍPIO
As
vacinas disponíveis na rede pública de saúde de Umuarama são: a
meningocócica C (protege contra meningite tipo C), Haemophilus
influenza tipo B (protege contra meningite por haemophilus),
pneumocócica 10 (protege contra alguns tipos de meningites)
O
que é meningite?
É
uma doença atinge o sistema nervoso, caracterizada por um processo
inflamatório que atinge a membrana que envolve o cérebro e a medula
espinhal das pessoas. Mais frequentemente é ocasionada por vírus ou
bactéria. É importante pela severidade de alguns casos que podem
evoluir a óbito ou a um dano no cérebro mais grave deixando
sequelas. O tipo de tratamento depende do agente que causa a doença:
vírus, bactéria, fungos, parasitos, outros. Nas meningites
bacterianas é importante conhecer o tipo de bactéria envolvida de
forma a possibilitar o tratamento correto. Para isso é necessário
realizar exames para confirmar a meningite.
Quais os sintomas?
Febre
alta e persistente, dor de cabeça por vezes insuportável, dor na
nuca podendo ocasionar rigidez no pescoço, vômitos, perda do
apetite, sonolência, confusão mental, agitação, grande
sensibilidade à luz. Pode apresentar ainda manchas no corpo,
diarréia, crises convulsivas, coma. As crianças normalmente
permanecem quietas, pouco ativas. No caso das meningites bacterianas
a evolução é muito rápida, podendo agravar em horas. O paciente
necessita receber o antibiótico o mais rápido possível.
As
meningites causadas por vírus são as mais frequentes. Em geral é
de menor gravidade, embora alguns vírus apresentam casos graves, por
vezes fatais. Normalmente evolui em 5 a 10 dias para a cura.
Raramente deixam sequelas.
O diagnostico?
É
de suma importância proceder ao diagnóstico e tratamento precoce. O
paciente deve procurar o serviço de saúde, logo que apresentar os
sintomas, pois no caso das meningites bacterianas, a introdução
precoce do antibiótico reduz o risco de morte em 15%. Para o
diagnóstico é necessário realizar a coleta de líquido
cefaloraquidiano e de sangue de forma a identificar a bactéria,
vírus, fungo, ou seja, o agente causador da doença.
Como
se transmite?
A
doença se transmite de uma pessoa para outra pela tosse, espirro e
pelas mãos sujas, no caso de alguns vírus, isto é, vias
fecal-oral, oral-oral, respiratória.
Como prevenir?
- Lavar as mãos frequentemente – ao chegar do trabalho, antes de preparar, servir ou comer alimentos: depois de usar o banheiro, após auxiliar uma criança a utilizar o banheiro, após trocar fralda, após assoar o nariz, tossir ou espirrar, proteger o nariz e a boca com o braço ao espirrar ou tossir;
- Não secar as mãos em toalhas úmidas. Em local coletivo utilizar de preferência toalhas descartáveis;
- Manter o ambiente limpo e arejado;
- Alimentos: lavar e desinfetar as frutas e verduras;
- Limpar os reservatórios de água de abastecimento com solução clorada;
- Utilizar filtro ou bebedouro para água potável;
- Desinfetar filtros e bebedouros regularmente com água clorada;
- Separar os utensílios de uso individual, em especial das crianças.
Fonte:
26/03/2019
08H40