Dica 1: Uma
Vida Oculta:
Dos
filmes de Terrence
Malick
posteriores a A
Árvore da Vida,
Uma
Vida Oculta
é o que resolve melhor a busca obsessiva do cineasta por epifanias
visuais do dia a dia. Na história baseada em fatos de um fazendeiro
austríaco católico que se recusou a lutar pelos nazistas na Segunda
Guerra Mundial, Malick consegue alinhar a espirituosidade dos seus
filmes com a urgência angustiada de preservar uma experiência de
mundo que é efêmera por natureza.
Dica 2: Destacamento
Blood:
Spike
Lee
tem o hábito de impressionar o público, e em 2020, isso não
poderia ser diferente. Em plena pandemia, o diretor lançou
Destacamento
Blood
na
Netflix,
ainda em um momento que não poderia ter sido mais apropriado, com o
crescente questionamento de racismo sistêmico e em um contexto de
diversas manifestações antirracistas. Destacamento
Blood
não tem uma ligação tão direta com tudo isso, já que trata de um
grupo de veteranos da Guerra do Vietnã que voltam à nação
asiática, mas como sempre o diretor usou sua voz para falar de muito
mais, analisando o real interesse dos conflitos e quem está na linha
de frente da guerra.
Dica 3: 1917:
Nem
parece que foi esse ano, mas 1917,
a assombrosa realização técnica de Sam
Mendes,
chegou nos cinemas brasileiros no fim de janeiro. Usando a estética
de um plano-sequência para narrar a jornada de dois jovens soldados
pela Primeira Guerra Mundial, o longa dividiu opiniões, inclusive na
própria redação do Omelete, que produziu duas
críticas diferentes. Mas o épico de guerra certamente entrará
para a história como um dos melhores filmes sobre a 1ª Guerra.