11 de set. de 2019

Colonização Espanhola no Paraná.


Texto 1. Colônia espanhola no Paraná.

Segundo dados do Departamento de Turismo, descrito no site do governo do estado. O Paraná é um dos estados com a maior diversidade étnica do Brasil. São alemães, poloneses, ucranianos, italianos, japoneses, povos que ajudaram a construir o Paraná de hoje.
As 28 etnias que colonizaram o Estado trouxeram na bagagem sua cultura, costumes e tradições. Os imigrantes chegaram com a promessa de encontrar a paz numa 'terra desconhecida, mas que prometia trabalho, terra, produção e tranquilidade.
A colonização maciça só começou depois da proibição do tráfico de escravos, o que aumentou a procura de mão-de-obra para trabalhar nas fazendas de café, principalmente no Norte do Estado. Essa mão-de-obra assalariada passou a ser a melhor alternativa para o desenvolvimento da pecuária, até então era a principal cultura do Paraná, e das lavouras de café.
Foi a partir de 1850, quando o Paraná deixou de ser província de São Paulo, que o Governo local iniciou uma campanha para atrair novos imigrantes. Entre 1853 e 1886 o Estado recebeu cerca de 20 mil imigrantes. Cada um dos povos que colonizaram o Paraná formaram colônias nas regiões do Estado.

Espanhóis - Os primeiros imigrantes espanhóis que chegaram ao Paraná formaram Colônias nos municípios de Jacarezinho, Santo Antônio da Platina e Wensceslau Brás. Entre 1942 e 1952 a imigração espanhola tornou-se mais intensa. Novos municípios, principalmente na região de Londrina, foram formados por esses imigrantes. Eles desenvolveram atividades comerciais, artesanais e relacionadas à indústria moveleira.

Fonte do texto acima:


Texto 2. As primeiras ondas migratórias de espanhóis no Paraná.

Segundo a pesquisadora e consulesa honorária, Blanca Hernando Barco
Diego Antonelli,
a primeira onda imigratória dos espanhóis no Paraná remonta ao final do século 19 e aos primeiros anos do século 20. A industrialização começava a deixar desempregados nos territórios europeus e o Brasil buscava mão de obra para trabalhar, principalmente no campo. Cerca de 190 mil espanhóis chegaram ao país entre os anos de 1884 e 1903.
A segunda leva de imigrantes espanhóis ao estado remonta ao período instável que assolou o Velho Continente nos anos que antecederam e sucederam a Primeira Guerra Mundial. Entre os anos 1910 e 1920, segundo Blanca, um grande número de espanhóis chegou ao Brasil fugindo da guerra, da fome e da miséria que atingia toda a Europa. “Vinham com contratos de trabalho para atuar nos cafezais de São Paulo. Constatou-se que, após o término dos contratos, muitas famílias se mudaram para o Paraná em busca de nova vida”, conta Blanca.
Quem chegou nesse período era, na sua maioria, proveniente das regiões de Andaluzia e Galícia. “Essa imigração não foi considerada significativa para as autoridades brasileiras já que os espanhóis não se reuniam em colônias. Eles eram independentes e se integravam facilmente ao meio”, relata a pesquisadora.
A historiadora Regina Weber ressalta que, no Paraná, a presença de estrangeiros originários da Espanha em 1920 é de 1.817 indivíduos. “Mas ela foi aumentando, tanto em números absolutos quanto na sua participação porcentual entre os estrangeiros nos recenseamentos seguintes. A reemigração de São Paulo para outros estados era também uma constante”, ressalta Regina.
De acordo com a pesquisa desenvolvida pela pesquisadora sobre a imigração espanhola, o Paraná chegou a contabilizar 7.653 indivíduos na década de 1960 que eram nascidos na Espanha. “A chegada dos imigrantes espanhóis representou um legado econômico, social e cultural para todo o estado. Os imigrantes trabalharam em profissões liberais, no campo, ajudaram a desenvolver a economia regional. Sem falar que o Paraná é o que é, culturalmente falando, pelo mosaico de culturas que aqui existem e entre essas culturas há os espanhóis”, assinala Blanca.

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