Texto
1. Colônia espanhola no Paraná.
Segundo
dados do Departamento de Turismo, descrito no site do governo do
estado. O
Paraná é um dos estados com a maior diversidade étnica do Brasil.
São alemães, poloneses, ucranianos, italianos, japoneses, povos que
ajudaram a construir o Paraná de hoje.
As
28 etnias que colonizaram o Estado trouxeram na bagagem sua cultura,
costumes e tradições. Os imigrantes chegaram com a promessa de
encontrar a paz numa 'terra desconhecida, mas que prometia trabalho,
terra, produção e tranquilidade.
A
colonização maciça só começou depois da proibição do tráfico
de escravos, o que aumentou a procura de mão-de-obra para trabalhar
nas fazendas de café, principalmente no Norte do Estado. Essa
mão-de-obra assalariada passou a ser a melhor alternativa para o
desenvolvimento da pecuária, até então era a principal cultura do
Paraná, e das lavouras de café.
Foi
a partir de 1850, quando o Paraná deixou de ser província de São
Paulo, que o Governo local iniciou uma campanha para atrair novos
imigrantes. Entre 1853 e 1886 o Estado recebeu cerca de 20 mil
imigrantes. Cada um dos povos que colonizaram o Paraná formaram
colônias nas regiões do Estado.
Espanhóis
- Os
primeiros imigrantes espanhóis que chegaram ao Paraná formaram
Colônias nos municípios de Jacarezinho, Santo Antônio da Platina e
Wensceslau Brás. Entre 1942 e 1952 a imigração espanhola tornou-se
mais intensa. Novos municípios, principalmente na região de
Londrina, foram formados por esses imigrantes. Eles desenvolveram
atividades comerciais, artesanais e relacionadas à indústria
moveleira.
Fonte
do texto acima:
Texto
2. As
primeiras ondas migratórias de
espanhóis no Paraná.
Segundo
a
pesquisadora e consulesa honorária, Blanca Hernando Barco
Diego
Antonelli, a
primeira onda imigratória dos espanhóis no Paraná remonta ao final
do século 19 e aos primeiros anos do século 20. A industrialização
começava a deixar desempregados nos territórios europeus e o Brasil
buscava mão de obra para trabalhar, principalmente no campo. Cerca
de 190 mil espanhóis chegaram ao país entre os anos de 1884 e 1903.
A
segunda leva de imigrantes espanhóis ao estado remonta ao período
instável que assolou o Velho Continente nos anos que antecederam e
sucederam a Primeira Guerra Mundial. Entre os anos 1910 e 1920,
segundo Blanca, um grande número de espanhóis chegou ao Brasil
fugindo da guerra, da fome e da miséria que atingia toda a Europa.
“Vinham com contratos de trabalho para atuar nos cafezais de São
Paulo. Constatou-se que, após o término dos contratos, muitas
famílias se mudaram para o Paraná em busca de nova vida”, conta
Blanca.
Quem
chegou nesse período era, na sua maioria, proveniente das regiões
de Andaluzia e Galícia. “Essa imigração não foi considerada
significativa para as autoridades brasileiras já que os espanhóis
não se reuniam em colônias. Eles eram independentes e se integravam
facilmente ao meio”, relata a pesquisadora.
A
historiadora Regina Weber ressalta que, no Paraná, a presença de
estrangeiros originários da Espanha em 1920 é de 1.817 indivíduos.
“Mas ela foi aumentando, tanto em números absolutos quanto na sua
participação porcentual entre os estrangeiros nos recenseamentos
seguintes. A reemigração de São Paulo para outros estados era
também uma constante”, ressalta Regina.
De
acordo com a pesquisa desenvolvida pela pesquisadora sobre a
imigração espanhola, o Paraná chegou a contabilizar 7.653
indivíduos na década de 1960 que eram nascidos na Espanha. “A
chegada dos imigrantes espanhóis representou um legado econômico,
social e cultural para todo o estado. Os imigrantes trabalharam em
profissões liberais, no campo, ajudaram a desenvolver a economia
regional. Sem falar que o Paraná é o que é, culturalmente falando,
pelo mosaico de culturas que aqui existem e entre essas culturas há
os espanhóis”, assinala Blanca.
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do texto acima: